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No interior do Paraná: Rota das Lavandas completa 2 anos e atrai mais de 150 mil visitantes


Campos de lavanda já fazem parte da paisagem paranaense. A área cultivada vem ganhando espaço e soma atualmente 12,5 hectares. Estruturada em 2022 tendo à frente o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (lDR-Paraná), a Rota das Lavandas é um circuito turístico que inclui propriedades em Araucária, Carambeí, Londrina, Palmeira, Toledo e Umuarama.


Desde 2022 as propriedades receberam 152 mil visitantes e produziram uma renda bruta de R$ 7 milhões.


O Lavandário Het Dorp, em Carambeí, nos Campos Gerais, é administrado pela família Los e está aberto aos turistas de terça-feira a domingo. A área com lavanda é de 1,5 hectare. Na propriedade há, ainda, 2,5 hectares de girassol, a reprodução de um vilarejo holandês, loja com produtos cosméticos à base de lavanda, uma queijaria e um café. Lucas Henrique Los explica que a propriedade sempre foi dedicada à criação de gado de leite e produção de queijos.


O plantio de lavanda começou há três anos, para aumentar o rendimento da chácara. Desde então a família Los vem aprimorando o cultivo. A variedade mais plantada é a lavanda francesa ou Lavandula dentata que floresce o ano inteiro. A planta tem um porte arbustivo, apresenta flores azul-arroxeadas e têm um aroma marcante.


No lavandário, os visitantes ainda podem conhecer outras cinco variedades de lavanda (a inglesa, a portuguesa, a egípcia, a espanhola e o híbrido lavandim), cuja floração tem seu ápice entre novembro e março. Para que a chácara tenha sempre lavandas em flor, os proprietários fazem podas frequentes que revigoram as plantas.


A criação da Rota das Lavandas, segundo Loss, está estimulando o turismo na região. Segundo ele, é visível o aumento do número de visitantes na cidade. “A atividade turística está despertando o interesse das pessoas e levou à criação do Conselho Municipal do Turismo”, lembrou. Los disse que a criação do circuito propiciou a troca de experiências entre os produtores. “Fazemos reuniões online para trocar informações a respeito de fornecedores de produtos, experiências e práticas que deram certo no cultivo”.

 

Soja, milho e lavanda - O plantio de soja e milho sempre foi o forte da fazenda da família de Rosilene Welter, em Toledo. Há cinco anos, por influência da filha, ela resolveu diversificar as atividades da propriedade e criou um espaço dedicado ao ecoturismo rural. São cinco mil metros quadrados, meio hectare, ocupados com a lavanda. Durante a florada, o visitante pode fazer passeios pelo cultivo. Também existem áreas com girassol, canola e trigo sarraceno. “Fizemos um paisagismo bacana para que o pessoal possa passar um dia na fazenda. Fazer um picnic, uma pequena trilha. Na verdade, um dia de mais contato com a natureza. É um turismo de experiência, onde os visitantes podem conhecer várias qualidades de frutas e de plantas aromáticas. Temos também uma loja de produtos feitos na fazenda, e por nossos parceiros, à base de lavanda e artesanato”, conta Rosilene.

 

Para Rosilene, a criação da Rota da Lavanda foi importante para o desenvolvimento do seu empreendimento turístico. “Quando me convidaram para fazer parte da Rota, junto veio uma série de trocas de experiências com outras pessoas que estavam participando, o incentivo de o que fazer e como fazer. Muitas dicas de como começar com o turismo rural. Foi muito aprendizado do pessoal do IDR-Paraná que ajudou bastante porque eu não tinha todo esse conhecimento em como começar. Aí a gente deslanchou”, lembrou Rosilene. Segundo ela, o turismo rural pode até demorar um pouco para dar um lucro representativo, mas a atividade é positiva em outro aspecto. “Na parte de compensação pessoal vale muito a pena. É fantástico receber pessoas. Cada vez é um aprendizado diferente que dinheiro nenhum do mundo paga”, afirma.


Imagem: Het Dorp

Informações - IDR-Paraná

 

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